quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Capítulo 12 - Sobreviventes [2]


Narração : Alexandre Augusto


Várzea Grande, Brasil [TERÇA-FEIRA]

01:01

[...]
reparei que a cidade vizinha, estava habitada ainda...

-Rúby, desce da moto e me espera aqui
-Mas..

Puxei minha pistola .50, e sai correndo, fiquei atrás de uma parede e observei que em uma casa, ainda estava com as luzes acesas, e pessoas dentro, pareciam que estavam conversando, porém, apenas grunhidos, corri até  a janela mais próxima e olhei pela janela, eram ZUMBIS, tomando cerveja, comendo uma tábua de frios e estavam animados, comemorando algo, que eu não sabia o que, corri de volta para a moto, e falei pra ela tudo o que vi, percebi que ela começou a tremer de medo, subi na moto a liguei e pedi para que ela subisse também.

Comecei a andar lentamente com a moto e observando que todas as casas estavam com as luzes acesas, resolvi dar aquela acelerada, apenas para fazer um barulho, quase que todos saíram de suas casas, e me olharam, e de repente um deles fez um gesto e apontou para mim, todos vieram para cima de mim, não deu tempo de acelerar, eu cai da moto, Rúby também...

Algum Lugar !!
 01:50
 "Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh..."

Acordo num susto com esse grito, que com certeza foi uma mulher que gritou, olho para os lados, procurando pela Rúby, não a vejo, me levanto e caio novamente, olho para os meus pés, estão amarrados com uma corda em uma barra de ferro soldada na parede, que também era de ferro, me coloco de pé, e vejo como era o quarto em que eu estava, o chão estava tudo sujo, com lodo e algumas poças d'água e não havia porta, coloco a mão no tornozelo numa tentativa de pegar minha faca, nada, a tiraram de mim, até minha pistola, olhei nos cantos da sala, procurando algo, vejo um pedaço de serrinha e tento cortar a maldita da corda, alguns minutos depois, consegui cortar a corda juntamente com meu dedo, nem ligo, ja to ferrado mesmo, olhei para os dois lado do corredor que aparentava ter várias salas e em sua porta um vidro, não tinha ninguém, vou para a direita, já que eu estava no final do corredor, olhando em sala em sala se havia algo de utilidade, até que na quinta ou sexta sala há algumas pessoas, vejo que são umas quatro pessoas, um negão em pé, uma menina sentada no chão, um cara abraçando as pernas e um outro sentado em uma poltrona, ouço algum barulho e corro para a cela que eu estava, e fico observando, entra um cara de jaleco branco, logo, ele puxa um cara pelos braços, e fecha a porta, ele olha para os dois lados vendo se estava sendo observado, eu o reconheci Dr. Maximiliano Almeida, corri novamente para a sala deles, quando a sirene tocou, vi um soldado correndo em minha direção e parou ao meu lado, suando frio, muito assustado, ele mirou para o final do corredor, onde o Dr. tinha saido, veio um batalhão de zumbis, esmurrando, chutando os soldados, eu bolo um plano na hora, antes ele do que eu, enforco o soldado que estava ao meu lado até a morte, pego seu capacete, sua metralhadora, que aparentemente era uma Colt M4A1, e uma granada, corro novamente para cela onde eu estava, e fico observando o que os canibais estavam fazendo, um deles parecia estar comandando os outros e eles obedecendo, era surreal, sai da cela taquei a granda que estourou a parede e acabei vendo um pátio que tinha vários aviões, os I.S.C. perceberam e correram em minha direção, meti bala em alguns, mas não era suficiente, pulei pelo buraco que a granada tinha feito, reparei que a cela que eu estava ficava no primeiro ou segundo andar, "Pahh", cai de frente, apenas vi a minha vista escurecer, e não sentir mais o corpo...





África do Sul, África
30/12/2009

"10:34"

Abri meus olhos lentamente, vi uma luz forte, e algumas pessoas me olhando, logo ouvi:

-Olha, parece que ele não morreu - disse uma voz grave
-Viu, eu falei - disse uma voz feminina, muito agradável de se ouvir

Tentei me levantar, mas não deixaram, logo eu disse:

-Onde estou? Quem são voces?
-Voce está na África do Sul, meu nome é Katty - disse novamente a voz agradável de se ouvir

Abri os olhos de uma vez  e me levantei muito assustado, ainda com os olhos doendo, consegui ver que eu estava em uma maca e havia um aparelho que controlava meus batimentos cardíacos, e outros que eu nem sei para que servia.

-Voce ainda não está bem
-Estou sim - retruquei

Desci da cama, mas logo caí, não estava com força na perna esquerda, um deles me ajudou a levantar e me colocou em uma cadeira ao lado da maca, logo falei:

-Que dia é hoje?

Um rapaz magrelo olhou para seu relógio e me falou:

-Trinta e um de dezembro de dois mil e nove

Eu fiquei pasmo, mas logo a Raquel, que logo se apresentou, mulher com estatura mediana, começou a me explicar o que houve:

-Estavamos atirando em alguns zumbis no lado de fora do quartel, quando voce caiu em uns sacos de terra que estava nos protejendo e desmaiou, voce estava todo machucado, o Johnatan -um rapaz alto e branco acenou- te carregou até o nosso carro e evacuamos o local, viajamos um bocado e te dando remédios, fazendo curativos em voce, e como o Rogério sabe pilotar aviões -outro cara, dessa vez baixinho e moreno acenou- nos trouxe até um local que não estava infectado, como somos do exército do Brasil, conseguimos uma base com o exército local, que nos deram abrigo e comida, então hoje voce acordou, eu fiquei na expectativa de ver quando voce iria acordar.

-Mas e a Rúby? - perguntei

-Uma mulher com cabelos curtos e ruivos?

Confirmei logo com um gesto com a cabeça

-Achamos morta num posto de gasolina perto do quartel do qual voce caiu..

Alguns momentos de silêncio...

-E agora o que faremos? - perguntei

Um comentário:

Rhaul disse...

usou word safada ?

aleluia aparentemente nenhum erro