
Cuiabá - MT, Brasil [SEGUNDA-FEIRA]
“17:48”
Enquanto seguíamos a viagem sem rumo, eu e Alexandre trocávamos ideias um com o outro sobre como poderíamos sair daqui, com o decorrer da viagem, observávamos as ruas, as casas, os prédios, tudo quase destruído, canibais correndo atrás de seus “alimentos”, pessoas mortas no chão, árvores caídas e carros pegando fogo.
- Vamos para o Bairro Carumbé, é um bairro longe do centro, deve estar mais “calmo” por lá – Disse Alexandre concentrado na estrada.
Concordei fazendo um sinal com a cabeça. Olhei quantas balas tinham sobrado na 38. Para o nosso azar tinha apenas 2. Que merda. No caminho, liguei o rádio, tentando pegar alguma frequência do local, só que nada, nada funcionava, até que então em uma certa frequência começa a tocar um Rock 'n' Roll das antigas, deixamos ali tocando.
Chegamos no Bairro Carumbé. Fechamos nossas caras e ficamos um pouco assustado, o local estava um verdadeiro pesadelo, estava tudo, tudo destruído. Alexandre começou a andar mais devagar com o carro, para observarmos melhor o local e encontrar algum sobrevivente ou alguma loja para podermos adquirir algo de utilidade.
- Tem um presídio neste bairro. Deve haver armas ali. Vamos entrar para pegarmos munição e mais armamento. - Disse Alexandre, observando o estado do local.
- Então vamos. Mas, como lá é um presídio, nosso cuidado devem estar a mil ! - Disse olhando pra ele.
Seguimos para o presídio, entramos, puta merda, o lugar estava enfestado de sangue, eu e Alexandre nos entreolhamos desconfiados do lugar nojento. Andávamos e andávamos e nada, nenhum sinal de vida humana e “vida-morta” por aí. Seguimos até a lanchonete e para a nossa surpresa, uma canibal comendo, cortando, decepando uma pessoa no chão, foi horrível ver aquilo. O motherfucker viu a gente e correu até nos, correu duro, o bicho desgraçado, puxei a 38 errei o primeiro o tiro ! Putz grila, lá se vai um bala perdida. Sobrou uma, mais para o nosso azar a ultima bala pega no peito. O desgraçado só recua um pouco, gemendo sobre a “dor” ( Nem sei se essas pragas sentem dor ).
Alexandre rápido pega um pedaço de ferro quebrado de uma mesa sobre o chão e golpeia-lo com muita força, a praga cai no chão e ele continua espancando-o. Logo, Alexandre passa por mim e me olha de um jeito do tipo: “Como tu desperdiça 2 balas assim?”, eu entendi o olhar dele, fiquei parado por um tempinho e seguimos atrás de utilidades. Entramos numa sala, agora, para a nossa SORTE, encontramos as benditas armas e também, encontramos uns salgados, água e refrigerantes. Pegamos tudo oque pudemos e colocamos na mochila. Fui abrir um armário, um zumbi sai dele pulando em cima de mim babando pior que um bebê ! Além de babar, a criatura gritou, mais gritou tão alto que alguns gritos do fundo do presídio correspondeu.
- Porra ! - gritei tão alto, que o Alexandre ouviu – Tira essa merda de cima de mim ! Rápido merda !
“Pow”, Alexandre acaba de dar um tiro na cabeça da criatura, fazendo com que aquele sangue vermelho voasse pelas paredes, deixando-a mais suja que já estava.
- Valeu mano ! - agradeci.
- Disponha – disse ele com uma cara fechada.
Até que no momento, ouvíamos alguns passos fortes, como se uma multidão estivesse atrás encontrar uma à outra. Desesperados, eu e Alexandre corremos até o meio do presídio, onde podíamos ver o céu que estava ficando escuro, quando muitos, muitos zumbis apareceram, ficamos encurralados, Alexandre e eu ficamos de costas um para o outro. Com um armamento forte e pesado, esperávamos um deles darem um “sinal” para podermos dar uma de Rambo. Até que um vacilão correu até nos e pulou bem alto, Alexandre pipocou o zé ruela, caiu muito sangue em cima de nos, é como se estivesse chovendo. Quando o primeiro azarado foi em nos, todos foram; eram muitos, muitos mesmo (é um presídio, há muitos presos nele), ficamos atirando, matando, suando, até que Alexandre pega uma granada - aonde o cara achou aquilo ?.
- O que diabos tu vai fazer com essa merda ? - gritei.
- O que voce acha que se faz com uma granada ? - responde Alexandre tirando o pino da granada.
Alexandre então joga a granada perto da parede, mandando para os ares muitos mortos-vivos, causando um imenso buraco na parede. Corremos para fora, enquanto alguns desgraçados corriam atrás de nos. Observávamos ao redor em busca do carro mais próximo, para entrarmos e dar o fora do local. Não encontramos nenhum carro, nenhum mesmo; como não tínhamos outra alternativa, corremos até o nosso velho carro. Corremos em volta do quarterão para chegarmos com êxito ao carro. Corríamos mandando bala para trás, com esperanças de matar aqueles filhos da puta. Avistamos a nossa lata velha, - aleluia – entramos, Alexandre tentava ligar o carro e nada, nenhuma resposta da porcaria de quatro rodas. Zumbis estavam atrás da gente, eu saí pela janela e apoiei o braço por cima do carro para atirar e matar alguns daqueles sanguinários. Até que finalmente o carro funciona, Alexandre então pisou fundo e seguimos o nosso rumo.
- Cara, nos temos de dar um jeito de sair desta cidade, puta que pariu ! - disse Alexandre meio tenso depois de todo aquela chacina.
- Ei, vamos para o Shopping Pantanal, acho que nos podemos nos abrigar ali por essa noite - aconselhei.
Alexandre concordou fazendo um gesto com a cabeça e seguimos até o shopping...
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